Amanhã será o dia da estreia do novíssimo filme do Manoel de Oliveira, intitulado "Cristovão Colombo - O Enigma". A este propósito, escutei ontem casualmente uma entrevista sua na rádio TSF. Foi deveras curioso verificar que o jovial entrevistador parecia temer alguma senilidade por parte do realizador, e a elegante irritação de Manoel de Oliveira para com o facto, não suspeitando que provavelmente o entrevistador fala assim com toda a gente.
Adiante. Da entrevista retive alguns pontos curiosos. A dada altura, sobre os argumentos levantados pelo filme acerca da origem de Cristóvão Colombo, Oliveira referiu que em Itália afirma-se que Colombo é italiano sem o comprovar; em Espanha, afirma-se que Colombo é espanhol, sem o comprovar; e este filme permite agora que em Portugal se afirme que Colombo é português, sem o comprovar. Desengane-se, portanto, quem esperar do filme, alguma obra de cariz panfletário. O Mestre continua a trabalhar as subtilezas da representação.
Por fim, deixo duas citações da entrevista, que ofereço sem contexto para assim beneficiar a sua leitura poética:
"O mundo é uma bola onde a gente anda sempre à rasca."
(sobre os filmes ditos modernos) "Beijos que nunca terminam. Parece que estão a comer um pudim."
Quanto aos projectos que lhe falta concretizar, só o futuro o dirá. Nas suas palavras - antes do próprio terminar abruptamente a entrevista -, "em casa falta-me espaço e na vida falta-me tempo".
Adiante. Da entrevista retive alguns pontos curiosos. A dada altura, sobre os argumentos levantados pelo filme acerca da origem de Cristóvão Colombo, Oliveira referiu que em Itália afirma-se que Colombo é italiano sem o comprovar; em Espanha, afirma-se que Colombo é espanhol, sem o comprovar; e este filme permite agora que em Portugal se afirme que Colombo é português, sem o comprovar. Desengane-se, portanto, quem esperar do filme, alguma obra de cariz panfletário. O Mestre continua a trabalhar as subtilezas da representação.
Por fim, deixo duas citações da entrevista, que ofereço sem contexto para assim beneficiar a sua leitura poética:
"O mundo é uma bola onde a gente anda sempre à rasca."
(sobre os filmes ditos modernos) "Beijos que nunca terminam. Parece que estão a comer um pudim."
Quanto aos projectos que lhe falta concretizar, só o futuro o dirá. Nas suas palavras - antes do próprio terminar abruptamente a entrevista -, "em casa falta-me espaço e na vida falta-me tempo".
1 comentário:
Oh, grande mestre de sabedoría infinita...
Muitos "piopolos" engraçados non saben do que vossé é capaz... Vostede é o presente e abriu portas infinitas para o futuro, vostede é o pasado, a historia vivida... e como a viviu o vellote!
Saúde Mestre!!!!
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